segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A graça de Deus



A GRAÇA DE DEUS

“Por que pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus, não vem das obras para que ninguém se glorie”.

EF 2: 8,9.

A graça de Deus, sem dúvida, é o que se tem de mais belo na vida humana.

Urge revelar que, a graça está muito bem representada pelo texto de Gênesis, capítulo 3, verso 21 nos seguintes dizeres: “E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles e os vestiu”. Assim, a graça foi representada como produto do ateliê de Deus, pois, Deus como nobre estilista fez da graça seu figurino formoso e, vestiu Adão e Eva. Se o pecado despe, a graça veste! Se o pecado traz vergonha, a graça traz perdão.

Fia-se que, como se nota pela história que acabamos de ouvir, a graça, vulgarmente é conhecida como “o favor imerecido”. Há quem diga: Eu recebi uma graça, na verdade a pessoa quer dizer que sem merecer, recebeu uma benção de Deus.

          Nessa urdidura, vale dizer que a graça não pode ser confundida com a benção, assim como a mãe não se confunde com a filha, nem a causa se confunde com o efeito, dessa forma, deve-se entender que todas as bênçãos são geradas pela graça de Deus.

          Fia-se mais nesse tecelão, que não é a esmo que, existe um adágio teológico que tece: “Gratia non tollit, sed perficit naturam”, ou seja, a graça não destrói, mas aperfeiçoa a natureza!
          Noutro viés, vê-se um corte necessário, qual seja que a graça não se contamina com a desgraça, posto isto, explica-se que, alguns falsos líderes pregam que, se você tem a graça agora você pode pecar às tiras, que nada poderá lhe furtar a salvação. Não creio dessa forma, pois segundo consta nas escrituras, quem nasceu de novo, se despoja, isso mesmo, se despe das coisas do velho homem e, se veste dos adornos e enfeites da nova vida em Cristo Jesus (Col 3: 8-12).

          Noutro viés, vê-se necessário costurar outra verdade, que diante da graça na linguagem de Agostinho, A lei tenta ordenar, mas a fé suplica! Desse jaez, pode-se concluir que a lei tenta manchar a graça, mas a fé a torna ainda mais limpa e brilhante.

Um présponto desse tema é pensar  que a graça não está acobertada pela Lei, ao contrário, a graça é o manto que sufocou a Lei e, que aquece o ser humano.  Por outras linhas, desse figurino, como se lê na Teologia Vetero-testamentária, a lei pôs o véu, mas, a Graça o rasgou. Paulo lembra que, um novo estilo foi proposto, sem se amoldar à moda antiga, sem os moldes da Condenação, os que crêem andarão com seus rostos descobertos, diferentemente de Moisés que escondeu o rosto.
         
Agora, fia-se mais, o bordado cairéu, do tema de hoje consiste em alinhar o que está exarado na epístola de Paulo aos Romanos, capítulo 5, verso 20, que diz:

“Veio, porém, a Lei para que a ofensa abundasse, mas onde o pecado abundou, superabundou a graça”.

Fica desajustado o caimento do figurino formoso da graça, quando se quer colocar por dentro dele, defeituosos pontos em zigue-zague, que na dicção do apóstolo Judas “é a conversão da graça de Deus em dissolução e, negam a Deus, único dominador e Senhor Nosso, Jesus Cristo” (JD 4).

          Querido amigo, decore a sua vida com os dons do Espírito Santo, que são as dispensações da Graça de Deus, vez que são os carismas, advindos da caris que é a graça de Deus. Não se esqueça dos aviamentos do fruto do Espírito, os quais são: Caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

          Amado amigo, você é o modelo perfeito para o vestuário formoso da graça de Deus, desde a barra até a gola, sim, creia, Deus irá ornar, decorar a sua vida com bênçãos e milagres, vista-se da graça de Deus e, receba, pois a graça de Deus. O fitilho desse vestuário é entender que a silhueta da graça não é marcada pela sensualidade, mas pela santidade, creia, que Deus já lhe deu nessa manhã ornamento em lugar de cinza (IS 61:3).