A GRAÇA DE DEUS
“Por que pela graça
sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus, não vem das
obras para que ninguém se glorie”.
EF 2: 8,9.
A graça
de Deus, sem dúvida, é o que se tem de mais belo na vida humana.
Urge
revelar que, a graça está muito bem representada pelo texto de Gênesis,
capítulo 3, verso 21 nos seguintes dizeres: “E fez o Senhor Deus a Adão
e a sua mulher túnicas de peles e os vestiu”. Assim, a graça foi representada
como produto do ateliê de Deus, pois, Deus como nobre estilista fez da graça
seu figurino formoso e, vestiu Adão e Eva. Se o pecado despe, a graça veste! Se
o pecado traz vergonha, a graça traz perdão.
Fia-se
que, como se nota pela história que acabamos de ouvir, a graça, vulgarmente é
conhecida como “o favor imerecido”. Há quem diga: Eu recebi uma graça, na
verdade a pessoa quer dizer que sem merecer, recebeu uma benção de Deus.
Nessa
urdidura, vale dizer que a graça não pode ser confundida com a benção, assim
como a mãe não se confunde com a filha, nem a causa se confunde com o efeito, dessa
forma, deve-se entender que todas as bênçãos são geradas pela graça de Deus.
Fia-se mais nesse tecelão, que não é a
esmo que, existe um adágio teológico que tece: “Gratia non tollit, sed perficit
naturam”, ou seja, a graça não destrói, mas aperfeiçoa a natureza!
Noutro viés, vê-se um corte
necessário, qual seja que a graça não se contamina com a desgraça, posto isto,
explica-se que, alguns falsos líderes pregam que, se você tem a graça agora
você pode pecar às tiras, que nada poderá lhe furtar a salvação. Não creio
dessa forma, pois segundo consta nas escrituras, quem nasceu de novo, se
despoja, isso mesmo, se despe das coisas do velho homem e, se veste dos adornos
e enfeites da nova vida em Cristo Jesus (Col 3: 8-12).
Noutro viés, vê-se necessário costurar
outra verdade, que diante da graça na linguagem de Agostinho, A lei tenta
ordenar, mas a fé suplica! Desse jaez, pode-se concluir que a lei tenta manchar
a graça, mas a fé a torna ainda mais limpa e brilhante.
Um
présponto desse tema é pensar que a
graça não está acobertada pela Lei, ao contrário, a graça é o manto que sufocou
a Lei e, que aquece o ser humano. Por
outras linhas, desse figurino, como se lê na Teologia Vetero-testamentária, a
lei pôs o véu, mas, a Graça o rasgou. Paulo lembra que, um novo estilo foi
proposto, sem se amoldar à moda antiga, sem os moldes da Condenação, os que
crêem andarão com seus rostos descobertos, diferentemente de Moisés que
escondeu o rosto.
Agora,
fia-se mais, o bordado cairéu, do tema de hoje consiste em alinhar o que está
exarado na epístola de Paulo aos Romanos, capítulo 5, verso 20, que diz:
“Veio,
porém, a Lei para que a ofensa abundasse, mas onde o pecado abundou,
superabundou a graça”.
Fica
desajustado o caimento do figurino formoso da graça, quando se quer colocar por
dentro dele, defeituosos pontos em zigue-zague, que na dicção do apóstolo Judas
“é a conversão da graça de Deus em dissolução e, negam a Deus, único dominador
e Senhor Nosso, Jesus Cristo” (JD 4).
Querido amigo, decore a sua vida com
os dons do Espírito Santo, que são as dispensações da Graça de Deus, vez que
são os carismas, advindos da caris que é a graça de Deus. Não se esqueça dos
aviamentos do fruto do Espírito, os quais são: Caridade, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Amado amigo, você é o modelo
perfeito para o vestuário formoso da graça de Deus, desde a barra até a gola,
sim, creia, Deus irá ornar, decorar a sua vida com bênçãos e milagres, vista-se
da graça de Deus e, receba, pois a graça de Deus. O fitilho desse vestuário é
entender que a silhueta da graça não é marcada pela sensualidade, mas pela
santidade, creia, que Deus já lhe deu nessa manhã ornamento em lugar de cinza
(IS 61:3).