segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eu e a minha cura




EU E A MINHA CURA

O Salmo 77 é uma aula sobre a cura da alma, posto que neste Salmo, leio que Asafe do qual o meu filho é xará, aliás, o meu segundo filho, que nasceu 2 minutos depois do primeiro, Samuel, encontrava-se vasculhando a sua alma, de tal sorte que observo a auto-análise do nobre Salmista.  

A palavra cura vem da mesma raiz da palavra cuidar, ou seja, do Latim “curare,” então a nossa cura vem do cuidado de Deus.  Todavia, muitos dos nossos bons irmãos, amigos, ouvintes, não aprenderam a confiar no cuidado de Deus. A palavra Cura bem como as correlatas aparece diversas vezes na Bíblia, contudo, vejo que no Salmo em escopo, o tema que ocupa centralidade é a cura da alma. 

Por isso, quero liberar uma palavra profética sobre a tua vida, ouça: “Então romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua Justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda” (IS 58:8). 

Ninguém poderá deter a tua cura.  Mas, ocorre que muitos se encontram nesta posição de resistência a cura, sob o lume do Salmo, posso afirmar que muitos desenvolveram  certo prazer no desprazer, um certo prazer no sofrimento. Deus quer curá-la, sim, Deus quer curar a tua alma... mas pessoas há que ficam espalmando a cura, fugindo da cura, rejeitando a cura, bom, ainda que tu estejas assim, resistindo o milagre, Deus irá te curar. Pois como diz o profeta Isaías, “a tua cura brotará sem detença”.

É emblemática a declaração do Salmista, ao passo que diz: “...a minha alma recusa consolar-se, lembro-me de Deus e passo a gemer; medito e desfalece o espírito”.
Noto o desvario do Salmista, a alma dele recusava a consolação, lembrava-se de Deus e gemia, diante de Deus em vez de manifestar fé, manifestava gemido, a voz da aflição ensurdecia os ouvidos do Salmista e lhe impedia de ouvir a voz do Espírito Santo. Dava atenção aos gemidos da alma, em lugar de dar atenção à voz de Deus.
Não sei se você já leu este Salmo, o que está versado no verso 3! O QUAL diz: “...medito e me desfalece o espírito”.  Meu Deus, o que está delineado aqui é retrato fiel de algumas pessoas, que quando meditam só pensam em coisas ruins, estão focadas em coisas que não edificam, estão focadas em desastres psicológicos, pensando nos traumas, nas dores, ao passo que se olvidam das maravilhas de Deus.


Gosto deste Salmo, pois, parece colocar na vitrine, muitas pessoas que ficam deitando as raízes das seguintes declarações que se assemelham as do Salmista, verbis: “Cessou perpetuamente a sua graça? Caducou a sua promessa por todas as gerações?
Causa espanto esta declaração despejada neste Salmo há quase Três mil anos, em razão de nos parecer atualíssima, moderna, de nossa geração incrédula que, vez por outra diz: Cessou a graça de Deus? Será que Deus se esqueceu de mim? Caducou a sua promessa? Deixa-me explicar o que é caducidade? É tema Jurídico. Como advogado posso falar sobre isso com tranqüilidade. Caducidade é a perda de direito por inércia de quem deveria pleiteá-lo. Algumas pessoas pensam... agora, não há mais tempo...já era! Já era não meu amado! É agora que irá dar certo! Seu direito diante de Deus não caducou, pois, Deus é longânimo, não se arvore nas inquietações de tua alma. Creia que a promessa de Deus continua viva, corada, borbulhante, de tal modo que tu não podes desesperar, deves lançar mão, tomá-la, resgatá-la. Chega de ficares andando de soslaio, Deus não te quer capengando.
Sabes quando o Salmista encontrou cura? Quando ele entendeu que estava criando doença? Quando percebeu que a sua alma era um criadouro de aflições! Então Ele disse: Isto é doença minha! Isto é aflição minha! Acontece assim, talvez, tu estejas, gerando em tua alma aflições desarrazoadas, ilógicas, sem sentido. Ou talvez elas tenham sentido, mesmo assim, o que nunca, jamais, terá sentido é permaneceres com elas, chafurdado nelas, mergulhado em preocupações ao reverso de estar mergulhado na fé em Cristo Jesus.
Viceja nesta oportunidade, salientar que Deus está contigo apesar de tudo, apesar de ti mesmo, apesar de tuas fraquezas, Ele guardará a tua alma. Hei meu querido, a Palavra de Deus diz:

 “ou gar edóken hemin ho Theós Pneuma Deileías Allá dynámeos ké ágapes ké sofronismoû”.

Deus não nos deu espírito de “deileías” (timidez, medo), mas de poder, dynámeos (Gr), o Espírito que explode as barreiras do diabo, as cadeias do diabo, as fortalezas de satanás, se estás encastelado, cercado pelo Reino das trevas, saibas, Deus não nos deu espírito de covardia, nos deu espírito de poder, espírito de ágape (amor), espírito de moderação, equilíbrio.
E aí face às verdades expendidas, devo te dizer algo: levanta-te, saias de tua prestação, olhes a tua volta, e vejas já que as muralhas que te cercam já se esboroaram, caíram, ruíram, porque o Deus de Jacó está contigo, o Deus de Jacó é o teu refúgio.  

Chegarás a conclusão que tu és ovelha do rebanho de Deus e que Ele te conduz.


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